Tudo bem perder, depois você vai ganhar

Jo 15.4“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim”.

Na vida encontramos muitas situações em que precisamos ceder ou renunciar para só então alcançarmos uma determinada conquista.

Na questão espiritual isso não é diferente, muitos querem as bênçãos que só o Senhor pode proporcionar, mas se veem sob grande pressão quando percebem que terão que abrir mão de seus valores humanistas.

Jesus nos convida para um estado de permanência nele, ao mesmo tempo em que nos mostra o quanto somos impotentes – Ele nos compara com a vara que não pode dar fruto.

Esse processo de permanência em Cristo – a Videira Verdadeira – é como um enxerto ou enxertia.

  • ENXERTIA: é a união de duas plantas, geralmente de diferentes espécies, passando a formar uma planta com duas partes: o enxerto e o porta-enxerto. O enxerto é a parte de cima, que vai produzir os frutos da variedade desejada e o porta-enxerto é o suporte da planta, que lhe fornece água e nutrientes e lhe ajuda na adaptação às condições do solo, clima e doenças.

Quando vamos para Cristo – lhe recebendo como Senhor e Salvador – apresentamos características diferentes das dele, pois a nossa natureza ainda não foi transformada.

Mas, assim como se dá na agricultura, perdemos parte de nossas peculiaridades e assumimos as de Jesus, e é por isso que passamos a produzir frutos. O Senhor passa a ser o nosso suporte e o nosso suprimento. Ele também é que nos capacita para esse novo tempo, nos dando condições para vencermos as intempéries.

O Mestre nos faz uma promessa de multiplicação, ao mesmo tempo em que nos convoca para tomarmos a decisão de sermos parte dele.

Jo 15.5“Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.

Por fim, quando uma planta é enxertada em outra, ela não leva consigo sua raiz – a condição que tinha para extrair da terra a água e os nutrientes. Ela passa a absorver a seiva que corre dentro da planta que lhe recebeu.

Quando nos juntamos à Videira, deixamos a nossa característica terrena – renunciamos a raiz que nos liga ao mundo e passamos a depender do alimento que o Mestre tem para nos dar. Vale a pena perder dentro deste contexto, porque o que se tem a ganhar é sobrenatural.

Pense nisso e tome sua decisão.

Ana Cunha Araújo

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