Depois de um dia exaustivo de trabalho, mas também de muito crescimento, eu simplesmente resolvo me presentear com um registro fotográfico. Seria o ângulo perfeito – eu gosto muito de contemplar este pedaço do meu ambiente profissional.
Mas o que acontece? Enquanto posiciono meu celular para fazer a foto, vejo que uma pessoa querida decide olhar para o mesmo lugar que eu. E não só isso, ela simplesmente passa a fazer parte do “meu cenário”. E olha, parecia que ela sabia da minha intenção, embora nem tivesse notado a minha aproximação – é que ela escolheu ficar no ponto de ouro da cena.
Eu poderia desistir de meu plano, mas rapidamente me ocorreu que ao invés de abrir mão eu devia me reinventar. E foi o que fiz, registrei a paisagem com o novo detalhe.
Mais uns degraus abaixo e eu me vi lhe presenteando com a foto, para depois sair pensando no que passava naquela mente, enquanto eu lhe fotografava. Na minha ficou a seguinte percepção: Não posso abrir mão das coisas ou dos lugares por causa das pessoas. Elas são a parte mais importante do conjunto.
Deixe a paisagem mudar e enxergue o que melhorou com a mudança.
Ana Cunha
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