Mc 11:20-26 – De manhã, ao passarem, viram a figueira seca desde as raízes. Lembrando-se Pedro, disse a Jesus: “Mestre! Vê! A figueira que amaldiçoaste secou!” Respondeu Jesus: “Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá. E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados”. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está no céu não perdoará os seus pecados.
A segunda coisa a aprender é sobre as estações ou safras vividas por uma figueira. Ela produz frutos em duas safras: A primeira tem por nome temporã – essa safra é conhecida por seus frutos maduros permanecerem na Figueira até ficarem prontos para o consumo; é quando eles ficam fáceis de serem retirados. Nesta etapa os frutos se apresentam delicados e bem saborosos, podendo ser colhidos em junho e julho. A outra safra é chamada de Serôdia sendo ela a safra principal, pois os frutos crescem no lenho novo “que é o ciclo”. Aqui já é mais fácil para retirá-los da árvore, mas não é qualquer vento que os derrubam. Essa colheita está pronta a partir de agosto.
Os nossos frutos também tem que ser saborosos, independente da intensidade das estações que estamos vivendo. E devemos saber que precisamos gerá-los.
Jesus em destaque nos ensinou sobre dois frutos ao explicar para Pedro a sequidão da árvore. Foram eles: Fé e Perdão.
O perdão poderia ser identificado como sendo fruto da safra temporã, pois é necessário haver maturidade para reconhecer erros, pedir perdão e dar perdão. Devemos perdoar na mesma intensidade em que precisamos de perdão; caso contrário, estaremos vivendo a mesma e hipocrisia que aquela Figueira – linda por fora, mas por dentro, como se estivesse podre, incapaz de produzir frutos.
Fé então seria o fruto da serôdia, a safra principal. É o que cresce a cada ciclo, a cada experiência, a cada resposta, durante um relacionamento íntimo e verdadeiro com Deus. Esta fase requer cuidados, pois os ventos das circunstâncias e provações muitas vezes têm como objetivo nos tirar do foco e nos fazer cair da Figueira verdadeira. Mas, quando se permanece firme até que esses ventos passem, o fruto da Fé alimenta a muitos e proporciona muitos e muitos benefícios, pois o figo é riquíssimo em várias vitaminas. Somente depois de gerar os frutos e saboreá-los é que veremos e desfrutaremos do período das flores.
Hc 3:17a – “ainda que a figueira não floresça…”
Você sabe aonde nasce a flor do Figo? Dentro do fruto. Nós viveremos o tempo das flores na nossa vida – um tempo em que tudo o que plantarmos florescerá. Somente lembre-se da sequência: primeiro os frutos, depois as folhas e por último as flores.
Renata Rayane