Terra de muitas riquezas

Depois de vinte e cinco anos morando nesta terra chamada Rio Branco-AC, meu coração consegue transbordar de alegria por tanta riqueza encontrada aqui. Verdadeiramente aqui existem tesouros escondidos… No coração das pessoas, em suas histórias, nos rios e igarapés que insistem em se manter vivos, nas matas, nas ruas que nunca andamos e nos ramais que só enxergamos nos mapas.

Essa semana conheci o Benfica – esse nome é quase uma sugestão, quase um convite para quem por ali anda. É como se o lugar dissesse aos seus visitantes: “Bem, fica!”

Trata-se de uma parte do 2o Distrito, dividido entre a Macrozona Urbana e a Macrozona Rural.

benfica-3.jpg
Benfica.

O Benfica apresenta características bem diversificadas – o trecho que fica dentro da Macrozona Urbana já encontra-se com uma ocupação expressiva, sendo classificada no Plano Diretor de Rio Branco-AC como Zona de Ordenamento Territorial – ZOT, que “engloba áreas com alto índice de irregularidade fundiária, infraestrutura parcialmente instalada, grande quantidade de vazios urbanos, carência de equipamentos e serviços, além de vocação para áreas de habitação de interesse social.”

A maior parte do trecho pertence à Macrozona Rural, sendo classificada no Plano Diretor como Zona de Produção Familiar – “composta por propriedades particulares e de assentamentos que tem a produção familiar como uso central, técnicas de produção tradicionais e dependência do uso da terra. Esta zona contém territórios de média a baixa vulnerabilidade ambiental com áreas passíveis para reflorestamento, recuperação e/ou recomposição de áreas alteradas com sistemas agroflorestais e agrosilvipastoris, roçados sustentáveis, aquicultura e pecuária.”

Benfica - chácaras
Chácara.
Benfica - Ramal da Piçarreira
Ramal da Piçarreira – limite do município.

Um elemento marcante dessa região é o Cemitério do Seringal Benfica – local onde foi enterrado Plácido de Castro, em 11.08.1908.

Benfica - local do falecimento de Plácido de Castro
Cemitério do Seringal Benfica.

A sensação que fica é a de que o tempo poderia ir mais devagar, a fim de que o processo de urbanização fosse mais lento, pois infelizmente parte da realidade desta geografia é marcada por ocupações irregulares, que vão sendo instaladas à cada dia.

Que possamos como munícipes ter a consciência da riqueza desta terra e que nossas atitudes sejam a de preservar tamanho tesouro.

Arq Ana Cunha

Veja mais sobre este assunto:

https://anacunha.blog/2018/08/22/plano-diretor/

 

 

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